Olá!
Sejam bem-vindos mais uma vez ao nosso encontro
no Blog “Carroceiros” de Plantão para
falarmos sobre Carrocerias Automotivas e assuntos correlatos.
Segunda feira mal começou e antes mesmo de você
chegar na fábrica, o SQE daquela montadora já te ligou no meio do caminho, querendo
marcar o buyoff das ferramentas para essa semana.
Mas como marcar um buyoff se as peças ainda
apresentam grande variedade dimensional, superfície ondulada e precisando de alguns
ajustes?
Precisa de mais umas duas semanas para resolver
esses e outros pepinos e o SQE quer marcar o buyoff para essa semana. Deus nos
acuda!
Todos estes problemas, sejam eles isolados ou não, podem
causar grandes dores de cabeça ao pessoal de produção que precisa iniciar a
produção da peça urgente e claro ao pessoal da ferramentaria também, que vai
passar um bom tempo lutando para corrigi-los.
Nessa hora com certeza muitas perguntas e respostas
aparecerão do nada. Porque se fez o furo nessa operação? Não está faltando um
batente aqui? Poderia ter colocado uma gaveta ali? Esse material é muito
duro... springback muito alto.
Mas qual é a melhor hora para resolver os problemas?
Com certeza não é quando sai o primeiro produto da ferramenta, ainda que seja
algo embrionário mas o melhor momento é antes que eles ocorram.
Antigamente era até que aceitável que após o
termino da construção de uma ferramenta, que se levasse um tempo para se
“ajustar” as ferramentas, efetuar algumas correções mesmo já iniciada a
produção, mas hoje em dia com a concorrência acirrada do jeito que está,
independente do tamanho da ferramentaria, isto já não é mais aceitável.
Hoje já dispomos de softwares que conseguem simular
todo o processo de estampagem, conseguimos reduzir os problemas de Springback,
reduzimos o tempo de tryout.
O cliente hoje quer receber a sua ferramenta 100%
funcional, produzindo uma peça livre de defeitos
A Análise de Modos de Falhas e Efeitos ou
simplesmente FMEA (Failure Mode and Effect Analysis) é uma ferramenta
utilizada para prevenir falhas e analisar os riscos contidos em um processo.
E através da identificação das suas causas e dos
seus efeitos podemos identificar as ações que serão utilizadas
para evitar que estas falhas aconteçam.
O FMEA pode ser aplicado em diversas fases: no
desenvolvimento do Produto, no desenvolvimento dos meios de produção
(ferramentas, dispositivos e etc.) e na produção.
Seja em qual fase for, precisamos identificar qual
objetivo estamos tentando alcançar:
·
Um produto, uma peça que atenda as especificações
de projeto,
·
Uma ferramenta ou dispositivo que produza peças com
qualidade,
·
Uma produção com zero falhas
A intenção aqui não é de descarregar um monte de
tabelas e fórmulas matemáticas, para demonstrar conhecimento sobre o assunto,
mas de motivar as pessoas a procurarem aprender um pouco mais sobre o assunto e
praticarem nas suas empresas, sejam elas de que tamanho for.
Sua elaboração não pode ser vista como o trabalho
de uma só pessoa e se assim for tratado, pode ter certeza de que se estará
fazendo errado. O FMEA é uma oportunidade de canalizar recursos, alinhar
esforços para se antecipar aos problemas que podem acontecer.
Deixo abaixo alguns links
onde o amigo leitor poderá obter mais conhecimentos sobre o assunto:
Uma dica: caso tenha interesse em se aventurar no
fascinante mundo do FMEA, inicie elegendo assuntos de pouca magnitude e
conforme for ganhando experiência e confiança vá aos poucos aumentando a régua.
Lembre-se que a prática leva a perfeição!
Tenham todos uma ótima semana e aproveitem bem
o seu tempo ao lado daqueles que lhe querem bem.
Um abraço!
carroceria.2008@gmail.com
Alguma sugestão ou crítica? Mande um E-mail para O Especialista.
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