Primeiro gostaria de pedir desculpas por não ter postado na sexta-feira á noite, como é de costume. Acontece que O Especialista está semana está meio adoentado e para ajudar, a sobrecarga no trabalho aumentou mais um pouco e isto de alguma forma acaba influenciando no Blog Carroceiros de Plantão. Não é fácil fazer e falar de carros!
Quero dizer que estou muito agradecido por suas visitas ao meu blog, isto só me motiva á desenvolver ainda mais o nosso Assunto Central: Carroceria.
Esta semana também fiquei contente pelo convite que recebi de uma escola técnica na região do ABC para fazer uma Palestra sobre Carroceria na Semana da Ciências. Isso prova que estou no caminho certo, tentando aguçar a curiosidade das pessoas.
Hoje eu peço licença aos colegas mais familiarizados com o Automobilismo, para falarmos dos tipos de carrocerias.
Os tipos de carrocerias estão diretamente ligados aos modelos disponíveis no mercado e normalmente para se designar cada um deles usa-se um termo desenvolvido pela própria industria Automobilística.
Quem nunca ouviu um termo hatchback, cupê, sedã, utilitário-esportivo?
Pois vamos conhecer cada um deles:
Tipo Sedã – A carroceria é uma das mais fáceis de se indentificar, pois apresenta três volumes: habitáculo, porta-malas e compartimento do motor
Tipo Hatchback – A carroceria apresenta dois volumes: habitáculo e compartimento do motor. O porta-malas de capacidade reduzida é agregado ao habitáculo. Outra característica é que a tampa traseira dá acesso ao interior do veículo diferente do que ocorre com os sedãs, pode ser construído com 2 ou 4 portas .
Tipo Fastback – A carroceria também apresenta dois volumes: habitáculo e compartimento do motor como nos Hatchbacks mas o porta-malas apresenta um volume um pouco maior no porta malas, a tampa traseira também dá acesso ao interior.
Tipo Notchback – A Carroceria é muito parecida com a carroceria dos Fastbacks, mas o porta malas apresenta menor volume e a inclinação da traseira é mais suave.
Tipo Coupe – Esportividade é a característica principal deste tipo de carroceria: 2 portas, 3 volumes, apresenta teto baixo e coluna C inclinada.
Tipo Cabriolet – São conversíveis derivados de modelos de passeio ou cupês. Normalmente a carroceria é reforçada nas regiões da coluna B para aumentar a rigidês de carroceria. Alguns modelos apresentam o escamoteável que se dobra e fica depositado no porta-malas.
Tipo Targa – é quase um conversível mas com teto metálico rígido removível e logo atrás dos ocupantes há um Santo Antônio.
Tipo Roadster – Tem as mesmas características das carrocerias do tipo Cabriolet, porém com uma certa esportividade á mais. O termo Roadster é usado para descrever conversíveis de dois lugares sem armação para as janelas (onde a única estrutura visível com a capota aberta é o pára-brisas e, por vezes, o Santo Antônio). Muitos conversíveis são classificados de roadsters apenas como jogada de marketing.
Tipo Spyder – O termo Spyder foi criado pelos italianos. A carroceria tem a mesma concepção dos roadsters, a diferença é de que há a possibilidade de se incluir mais dois lugares.
Tipo Station Wagon – São carrocerias derivadas das carrocerias dos sedãs, hatchbacks, fastbacks, porém com um porta malas maior.
Tipo MPV - Conhecidas aqui no Brasil como Minivans, apresentam o Ponto H alto, algumas carrocerias permitem que os bancos dos passageiros podem ser posicionados de vários modos e ás vezes dobrados de modo que fiquem rentes ao assoalho
Tipo Pick up - São veículos de transporte de carga em compartimento aberto. A carroceria parece ser de fácil construção, porém para o transporte de carga precisam ser muito bem reforçadas.
Tipo SUV – A carroceria de uma SUV é bem parecida com a de uma Pick up, o que diferencia é que a SUV é projetada para carregar mais pessoas e ainda carga.
ESpero com isso ter passado um apanhado dos varios tipos de carroceria atualmente existentes. Não é a palavra final pois muitos termos são usados conforme convem ao Departamento de Marketing.
Um abraço!
O Especialista
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Um Blog de uma revista especializada em automóveis comentava sobre um acidente que havia acontecido nas proximidades de sua redação. Por uma questão de ética eu não vou citar o modelo, o fabricante, nem as situações em que ocorreram o acidente e nem mesmo a revista. Na semana que se sucedeu ao acidente, houve uma enxurrada de Posts naquele Blog, criticando o fabricante do veículo, o comportamento do carro num impacto lateral e tudo mais. Não quero aqui fazer o papel de advogado do diabo, mas eu percebi que muitos daqueles que fizeram as suas críticas, o fizeram com total desconhecimento de causa.
Primeiro é preciso esclarecer que atualmente não existe norma para proteção de ocupantes de um veículo em caso de impacto lateral, segundo o próprio site da ABNT (
O que nos leva á seguinte questão, você sabe como é feito um Crashtest lateral? Num Crashtest lateral, é projetada uma barreira móvel deformavel de 1500 quilos à velocidade de 50 km/h contra a parte lateral do veículo que se encontra parado. A parte frontal da barra é revestida com material que pretende simular a parte da frente de um automóvel. O teste de colisão lateral pretende avaliar a probabilidade de lesões graves no peito de todos passageiros e do condutor. A avaliação lateral do veículo é baseada nas medidas de ferimento gravadas em dois manequins e no desempenho estrutural do veículo durante o impacto. As medidas de ferimento obtidas dos dois manequins, um no assento do motorista e o outro no assento traseiro atrás do motorista, são usadas para determinar a probabilidade que o motorista e/ou o passageiro teriam de sofrer ferimentos sérios às várias regiões do corpo. Os movimentos e os contatos das cabeças dos manequins durante o impacto são avaliados igualmente. Esta avaliação é mais importante para posições do assento sem air bag , pois supõem-se que deve-se impedir contatos prejudiciais. O desempenho estrutural é baseado nas medidas que indicam o quanto a coluna B invadiu o espaço interno do veículo.
