Olá muito boa noite!
Bem vindos mais uma vez ao nosso encontro semanal no Blog “Carroceiros” de Plantão para falarmos sobre carrocerias automotivas.
Hoje aqui no Blog “Carroceiros” de Plantão, gostaria de pedir a sua licença e responder á dois e-mails de um leitor que demonstra um grande interesse em entrar para o mundo da Engenharia Automotiva.
O primeiro email que recebi foi:
“Olá!
O outro e-mail foi:
“Bem, quando mandei aquele e-mail com a palavra 'Criação' como assunto eu ainda não havia assistido aos vídeos relativos a modelagem em Clay que você colocou na página, devido problemas de carregamento dos vídeos.
Na minha opinião, modelagem em Clay e modelagem virtual são suas ferramentas que se completam e acredito que vai demorar muito para que uma se desvencilhe da outra e explico o porquê.
Por mais avançada que seja a tecnologia disponível em desenvolvimento virtual, sempre haverá coisas que nescessitaremos tocar e olhar.
Ás vezes um engenheiro precisa dar dois passos para trás, olhar contra a luz e passar a mão na superfície para “sentir” o seu projeto.
E quando digo que uma ferramenta completa a outra é a mais pura verdade. Aquela máquina que você viu desbastando o Clay, por mais precisa que seja nunca conseguirá dar um bom acabamento na superfície e o modelador sempre será necessário para fazer o ajuste final e então o que se verá no final será um modelo muito próximo da perfeição.
Quando se atinge essa “proximidade” da perfeição, então o modelo é scanneado e a superfície é gerada, tratada por um software específico e á partir disso começa o trabalho de desenvolvimento das peças de carroceria, procurando respeitar a superfície recebida do Design.
Quanto á questão da escala de modelagem, tudo depende do tipo de trabalho que se vai fazer e da pesquisa á se realizar.
Para fazer um estudo de túnel de vento um modelo em escala 1:3 está perfeito, mas por exemplo se você quiser fazer uma clínica, comparando o seu projeto, com possíveis concorrentes, um modelo em escala 1:1 será o correto.
Espero ter elucidado as suas duvidas, estou á sua disposição para conversarmos mais á respeito.
Para você e outras pessoas que tem interesse em ingressar no mundo da engenharia vai aqui uma dica:
Após anos atuando na Engenharia da Volkswagen do Brasil e Visteon agora o colega André Maciel, está enfrentando novos desafios profissionais; um deles é desenvolver em conjunto com outras pessoas, um curso de Projetos Automotivos:
Bem vindos mais uma vez ao nosso encontro semanal no Blog “Carroceiros” de Plantão para falarmos sobre carrocerias automotivas.
Hoje aqui no Blog “Carroceiros” de Plantão, gostaria de pedir a sua licença e responder á dois e-mails de um leitor que demonstra um grande interesse em entrar para o mundo da Engenharia Automotiva.
O primeiro email que recebi foi:
“Olá!
Eu sou um jovem de 20 anos de idade e tenho interesse em fazer faculdade de engenharia mecânica com ênfase em automobilística.
Eu estava procurando informações sobre técnicas usadas na fabricação de carros e por, muita sorte, achei seu blog que trata especificamente desse assunto. (Construindo modelos em Clay)
Eu quero saber, por hora, como se cria moldes para a fundição de portas, tetos, etc.Ao pesquisar, vi que uma das técnicas é a prensagem de placas de aço que dá vida ao que se vê do carro, mas ainda assim preciso saber como se faz as prensas, que são como moldes, o que em plugues chamaria-se de machos.
Eu li em seu blog sobre a modelagem Clay e quero saber se é por meio dela que se faz os moldes ou se ela é apenas para idealização/visualização. Você escreveu lá no blog que a modelagem por Clay é muito cara, por isso, caso ela seja apenas para idealização/visualização, prefiro usar modelagem Nurbs no computador, porque ela não requer tanto esforço físico, permite o uso de simetria(espelhamento) que torna dispensável modelar duas vezes a mesma coisa para visualizar o projeto final; além de permitir maior perfeição na modelagem, e ser, em tese, mais barata.
Acredito que o custo da modelagem por Nurbs estaria somente no que diz respeito ao curso que teria que ser feito para aprender a usar um software específico de modelagem por Nurbs como o Rhinoceros, e talvez o custo do software, mas em se tratando apenas de estudo é possível usar a versão de demostração do programa; então não haveria necessidade de comprar quilos e mais quilos de massa de funilaria.
Já vi alguns vídeos sobre a feitoria de peças mecânicas, mas nesses vídeos as peças eram feitas por máquinas, controladas por software, que cortavam gradativamente o metal usando facas de corte.
Acredito que para fazer peças ergonômicas como a lataria de um carro, não seria a mesmo técnica, não é isso?
Conheço aquela técnica de criação de embalagens e objetos em geral que é a impressão 3D, mas isso é apenas para modelos pequenos já que 'ainda' não há uma impressora 3D grande o suficiente para imprimir peças como as de um carro.
Resumindo, quero saber como a lataria de um carro com todas aquelas curvas sai do projeto para a estrada.”
O outro e-mail foi:
“Bem, quando mandei aquele e-mail com a palavra 'Criação' como assunto eu ainda não havia assistido aos vídeos relativos a modelagem em Clay que você colocou na página, devido problemas de carregamento dos vídeos.
Agora que pude assistir, pude ver naquele último vídeo que por meio daquela máquina com precisão incrível se pôde criar aquela superfície perfeita em Clay... A pergunta que fiz no outro e-mail foi se é a partir de um modelo feito em Clay que se obtém o molde para a fundição das partes da carroceria; pelo que vi lá no último vídeo é isso mesmo, não é?
Bem, está me parecendo que a modelagem Clay em menor dimensão é apenas para a idealização/visualização, aí depois simplesmente se digitaliza o modelo pronto, por meio de um scanner 3D ou mesmo no olhômetro com modelagem Nurbs ou modelagem 3D comum, coloca-se no software controlador daquela máquina incrivelmente precisa, em escala real, e deixa ela fazer toda a beleza da coisa; durante o processo vai adicionando mais massa aonde faltou e depois manda a máquina fazer novamente para completar - seria isso mesmo?Responda essas duas perguntas acima quando puder - as respostas são para confirmar ou não meu entendimento; caso eu esteja enganado em alguma coisa por favor me elucide quando puder.
Muito obrigado desde já, seu blog é muito bom. Tenho um interesse assombroso pelo assunto, gostaria muito de fazer um carro um dia. :-)
obrigado!”
Minha Resposta:
obrigado!”
Minha Resposta:
Parabéns pelo interesse “assombroso”. Em geral tenho recebido emails de jovens de 15 á 18 anos interessados em Tunning. A maioria quer saber como rebaixar o carro, colocar o som mais potente...
Houve um até que me perguntou algo sobre CDs de pancadão e Funk, infelizmente eu não pude ajudá-lo muito pois Pancadão e Funk definitivamente não são a minha praia.
Mas vamos ao seu questionamento.
Houve um até que me perguntou algo sobre CDs de pancadão e Funk, infelizmente eu não pude ajudá-lo muito pois Pancadão e Funk definitivamente não são a minha praia.
Mas vamos ao seu questionamento.
Na minha opinião, modelagem em Clay e modelagem virtual são suas ferramentas que se completam e acredito que vai demorar muito para que uma se desvencilhe da outra e explico o porquê.
Por mais avançada que seja a tecnologia disponível em desenvolvimento virtual, sempre haverá coisas que nescessitaremos tocar e olhar.
Ás vezes um engenheiro precisa dar dois passos para trás, olhar contra a luz e passar a mão na superfície para “sentir” o seu projeto.
E quando digo que uma ferramenta completa a outra é a mais pura verdade. Aquela máquina que você viu desbastando o Clay, por mais precisa que seja nunca conseguirá dar um bom acabamento na superfície e o modelador sempre será necessário para fazer o ajuste final e então o que se verá no final será um modelo muito próximo da perfeição.
Quando se atinge essa “proximidade” da perfeição, então o modelo é scanneado e a superfície é gerada, tratada por um software específico e á partir disso começa o trabalho de desenvolvimento das peças de carroceria, procurando respeitar a superfície recebida do Design.
Quanto á questão da escala de modelagem, tudo depende do tipo de trabalho que se vai fazer e da pesquisa á se realizar.
Para fazer um estudo de túnel de vento um modelo em escala 1:3 está perfeito, mas por exemplo se você quiser fazer uma clínica, comparando o seu projeto, com possíveis concorrentes, um modelo em escala 1:1 será o correto.
Espero ter elucidado as suas duvidas, estou á sua disposição para conversarmos mais á respeito.
Para você e outras pessoas que tem interesse em ingressar no mundo da engenharia vai aqui uma dica:
Após anos atuando na Engenharia da Volkswagen do Brasil e Visteon agora o colega André Maciel, está enfrentando novos desafios profissionais; um deles é desenvolver em conjunto com outras pessoas, um curso de Projetos Automotivos:
O objetivo deste curso é de habilitar os futuros Profissionais que estejam interessados em atuar como Projetistas de Desenvolvimento do Produto em empresas das áreas: Automobilística / Aeroespacial / Eletro-eletrônicos / Trens / Escritórios de Projetos Industriais (design house)...
Neste curso serão ministradas Disciplinas técnicas tais como: CATIA V5 / desenho técnico / geometria descritiva / (GD&T) / tecnologia do processo de injeção do plástico / Qualidade de Produto, APQP, PPAP, DFM, DOE, FMEA, PSW, 5s (siglas referente a ferramentas de planejamento avançada da qualidade), Idiomas Inglês e Espanhol.
A Previsão de início do curos é para meados de Agosto/2010, com duração de 04h. (12 meses), mas ainda não está definido em qual período será, dependerá da procura; o local será em São Bernardo do Campo, e o investimento bem acessível aos interessados.Se estiver interessado a participar deste curso de Qualificação Profissional, favor contatar cel (11) 9940 6165 ou por email: maciel.consultor@bol.com.br que ele lhe passará maiores detalhes.
Feliz 2010! Vamos mudar!
Uma boa semana á todos e não deixem de curtir á vida ao lado daqueles que lhes fazem bem.
Um abraço!
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